Fazer memória é a escolha mais acertada para as famílias nessa quarentena
Bolo de milho, arroz doce, pipoca, doces de amendoim, salada de frutas, sucos, geladinho, desenhos de fogueiras, bandeirolas e balões. Foi assim que celebramos o nosso: São João de Quarentena. Em tempos de Pandemia estamos reinventando as nossas atividades. E essa, a melhor festa do ano, não poderia passar batido.
As roupas já não servem mais. Um pouco apertadas e curtas. Mas fizemos um esforço para sair bem nas fotos. Maquiagem tava ok. Comidinhas também! Teve reprise da Live do Falamansa e até um pouco do festival de quadrilha nordestina. Como não amar e viver tudo isso?
As crianças amam essa época do ano. E pediram, a semana toda, para fazermos uma festa em família. Não teve apetrechos caros. Teve sobras de aniversários, uns copinhos e guardanapos coloridos, uns desenhos improvisados e uma vontade imensa de dividir esse momento com outras pessoas.
No final de nossa festa a galerinha ganhou um vale night para dormir na sala (programação preferida) e fizeram uma noite do pijama com músicas, histórias, risadas, edredons e muita diversão. Teresa, que ainda não entende muita coisa, amou fazer parte dessa memória. E quando estiver maior ela vai saber que seu primeiro arraiá foi em casa, num final de sábado a tarde, em plena pandemia. E teve bom.
Agora, roupas e apetrechos guardados. Aqui estamos, cansados, doloridos, porém felizes. E não tem nada melhor que viver tudo isso. Eles estão crescendo rápido demais. Miguel, seis anos e já sabe e viveu tanta coisa, tantas festas como essa, foi o que mais sentiu daqui de nós por não poder celebrar numa comunidade, soltando estalos com os amigos e correndo entre as duplas que dançam no salão.
Maria Clara, minha Picutita, se esforçou para manter o sorriso. Pois comeu tanto que não quis dançar e ali ficou, sentada ao lado da mesa, logo, tirou a roupa que lhe apertava a barriga, e toda orgulhosa com a mesa que auxiliou a preparar.
E encerramos esse dia orantes, felizes, com a esperança de que, um dia, no próximo ano talvez, estejamos vivos e conhecendo de perto o lindo e maior São João de rua de nosso país. Por hoje, obrigada, Senhor.