Dia 21 de maio celebramos o dia do afilhado. Dediquemos essa data para oração de nossos afilhados e padrinhos.
Antes de tudo precisamos entender o que a igreja católica nos ensina sobre batizado. “O batismo é o fundamento de toda vida cristã, a porta da vida no Espírito”. Isso significa que o sacramento do batismo, torna-nos: Filhos de Deus, membros da igreja e co-herdeiros do céu (com a graça de Deus). É o batismo que nos abre as portas para os demais sacramentos. Dois são os efeitos da vida com o sacramento do batismo: a purificação dos nossos pecados e o novo nascimento no Espírito Santo. Além disso, o batismo é necessário para nossa salvação.
Fui batizada no dia 07 de abril de 1996. Estava com oito anos, morava com minha mãe, e havia alguns poucos anos em que meus pais tinham se separado. Meus padrinhos foram meus tios: Tia Rosinha, irmã de meu pai, e seu esposo, meu tio Devaldo. Católicos, casados na igreja, presentes em minha vida e de minha família até hoje. Me recordo com carinho desse dia tão esperado por todos nós, adiado por diversas vezes e motivos, e com um significado tremendo em minha vida. Estava vestida de branco. Um vestido lindo que minha madrinha havia comprado para esse dia. Tenho esse vestido guardado até hoje!
Meus cabelos cacheados estavam com parte presa, numa presilha com detalhes em flor branca, calcei um sapato branco, meia calça branca e também coloquei uma blusa branca, transparente, por baixo do vestido para cobrir os ombros. Fui preparada e acolhida por todos. Lembro que celebramos esse dia, num sábado de manhã, na igreja matriz de minha cidade, com um Frei muito querido por todos, vigário da paróquia, Frei Pedro Bianchi. Após o batizado, fomos para a casa de minha tia, hoje madrinha do Miguel, meu primogênito. Lá estavam outros tios e padrinhos de meus irmãos, que também foram batizados no mesmo dia. São memórias que terei para uma vida inteira.
- Não sei qual foi o critério utilizado por minha mãe para a escolher meus tios, mas foi assertiva.
Dia 21 de maio é um dia importante para nós aqui em casa, foi a data escolhida para o batizado da Maria Clara. Lembro que a escolha de seus padrinhos foi a decisão mais fácil que tivemos naquela época. Os padrinhos dela, minha comadre Pâmella e meu compadre Daniel, são os amigos/irmãos que temos em Cuiabá e que são parte de nossa família. Nossos filhos tem idades próximas, compactuam dos mesmos interesses e pensamentos que nós e estão presentes na nossa vida e família.
Maria Teresa, minha galega, foi batizada em 26 de junho de 2020, ano de pandemia, e os padrinhos são nossos compadres Geise e Paulo. Também a parte especial e divertida de nossa família. Quando estamos juntos, é um aglomerado de gente, criança, cachorro e agregados sem fim. Temos também os mesmos pensamentos, princípios e propósitos. Não tinha como dar errado.
Já Miguel, o primeiro daqui de casa, foi batizado em 17 de maio de 2014, com padrinhos também maravilhosos. Foi num sábado a tarde, na capela da paróquia e nosso amigo e compadre Thiago Canet, padrinho de consagração a Nossa Senhora, nos ajudou a preparar tudo. Minha tia Delcy, irmã de meu pai e madrinha do meu irmão mais velho, além do padre que nos acompanhou, casou e cuidou, padre Overland, são os padrinho de batismo do Miguel. E ele ama e reza por eles com um carinho imenso.
João, nosso quinto filho, terá padrinhos que o amem, cuidem, e que tenham o mesmo compromisso e valores que os nossos, porque é isso que queremos e precisamos, de famílias que nos ajudem a chegar ao céu. Já os escolhemos e Deus os preparou para isso, mesmo que ainda não saibam dessa novidade.
Aqui já passamos da fase dos questionamentos às paróquias e aceitamos, por obediência, as recomendações e indicações necessárias para bem os escolhermos. Veja quais são os requisitos antes de fazer o convite para os possíveis padrinhos e confira se eles atendem esses critérios necessários.
Sabemos que respondemos por todas as escolhas que fazemos para os nossos filhos, não é verdade? E essas escolhas são determinantes para a vida e futuro dos nossos pequenos, sobretudo se, assim como eu, você professa a fé católica. Decidir o nomes de nossos filhos, por exemplo, é algo tão sério e delicado que deveria ser planejado com antecedência pelos pais. Uma necessidade muito maior do que a escolha da decoração do quarto ou da cor dos móveis que acompanhará essa decoração.
O nosso instinto, por medo de errar, faz com que prorroguemos as nossas responsabilidades ou até a terceirizemos. Já percebeu? Conheço famílias que optam para a missão mais cômoda: deixar que pessoas de fora decidam: a escolha dos padrinhos, do nome do bebê, da via de parto, entre outras decisões que cabem única e exclusivamente aos pais.
Não é de hoje que ouço histórias de pessoas que sofrem por não terem recebido afeto dos seus padrinhos de batismo. Outros, que até receberam, enfatizam que tudo isso ficou em uma lembrança vaga da primeira infância. Têm também aqueles que não receberam afetos, mas presentes, ao invés de presença. Padrinho e madrinha não é sinônimo de presente caro. O padrinho e a madrinha são aqueles que protegem! Em oração, exemplo de vida, em afeto, e etc.
A falta de proximidade dos padrinhos com os afilhados, nada mais é que uma falha grave no processo de escolha das pessoas que vão acompanhar seus filhos dando testemunho cristão. E esse deveria ser o seu primeiro critério no processo seletivo mental de escolha. Peça ajuda ao Espírito Santo, converse com seu esposo, perceba que você tem o controle dessa situação e que ela não precisa ser postergada ou problematizada. Sua família é a prioridade e você terá participação e responsabilidade por cada escolha que fizer. E que Deus, com sua misericórdia, te ajude nesse caminho rumo ao céu.
Deveria ter te conhecido anos atrás, hoje vejo as péssimas escolhas que fiz ao escolher os padrinhos de Pedro e Mafê.
Deixe um comentário