Do orégano em tudo ao pernil suculento e irresistível: conheça as minhas aventuras na cozinha
Arroz com orégano e, por que não no feijão também? Uma pitadinha aqui e ali dessa erva aromática e ninguém vai perceber. Ah, já que eu já abri o potinho vou aproveitar e colocar no bife, no ovo, no frango….
Pronto! Todos vão amar.
Foi mais ou menos assim que começou a aventura do maridão aqui, ainda recém-casado, na cozinha. Bom, isso deve ter uns oito anos. E, confesso, não deixou boa memória gustativa por aí.
Admito que minhas experiências nem sempre foram bem compreendidas – se este texto fosse escrito pela esposa cobaia, certamente, ela trocaria a palavra compreendida por outra mais pesada. Mas, desta vez o texto é meu, assim como eram as receitas, por isso vamos insistir que a questão sempre foi um problema de incompreensão.
Mas, sigo no desejo de não assumir minha inabilidade na cozinha. Por este motivo, tenho certeza que a explosão de sabores e aromas sempre foram incríveis. O grande vacilo da minha parte era na apresentação dos pratos. Afinal, o nível ‘Carrosela’ de exigência — aquela argentina do Master Chef Brasil — aqui em casa sempre foi alto, e a perfeição da apresentação era um quesito ainda inalcançável.
Me siga para mais receitas – Outra maravilhosa opção de mistureba, para mim, sempre foi a omelete — eu sei que essa palavra se trata de um substantivo feminino, por isso requer o artigo correspondente, mas na hora de prepara-lo é O MEU omelete e ponto final, tá?
Então, na minha escola culinária, os ingredientes do omelete são exatamente tudo o que eu encontro na geladeira e no armário das compras: vai presunto, queijos, azeitonas, cebolinha, cenoura ralada, pimenta-do-reino, o clássico orégano, umas pitadas de mostarda, maionese, shoyu, molho de pimenta, pimentões coloridos, cebola, alho….
Apesar de tanto capricho, por vezes, eu tenho que, sempre, comer sozinho esse delicioso prato que também vai ovos. Não sei por quê…
Mas, as experiências acima são de um passado não tão distante.
O ano é 2021. E, confesso e também já me disseram, algumas receitas melhoraram um pouco. Hoje, apenas vejo as inúmeras opções de ingredientes na geladeira; resisto, persisto e sigo na simplicidade de que menos é mais, e o bom e trio composto de alho, pimenta e sal é o suficiente para inúmeros pratos.
A evolução das habilidades, a redução e compreensão do excesso vieram com o tempo, com as várias tentativas, dicas e puxões de orelha da esposa que, sempre atenta e com paladar exigente, foi me ajudando a moldar os sabores dos pratos.
Estou imensamente longe de ser um hábil cozinheiro, tal qual o Tolentino Neto do qual empresto o nome do seu empreendimento para ser o título deste texto de estreia. Porém, já podem me deixar sozinho lá na cozinha que eu consigo me virar e alimentar a tropa.
Afinal, o matrimonio e a paternidade exigem e promovem o desenvolvimento de várias habilidades. Em 2021 vamos compartilhar muitas coisas por aqui. Vem comigo que eu te conto ao longo desta jornada.
Ah, olha só como a apresentação e a variedade da minha produção de pratos melhoraram ao longo do tempo. Perceba que nem usei orégano nesta receita caipira de comida boa da roça.
Antes de terminar, olha só a última invenção lá de casa: azeite aromatizado com ervas e, pasmem, não usei orégano. Tá, tudo bem: confesso que usei tomilho, o primo dele, e o novo queridinho das receitas lá de casa. Será que o tomilho será o novo orégano das invenções e presepadas culinárias? Fique por aqui que vou te contando….
Dica de música para ouvir lendo este post. Se você está na casa dos trinta, sei que ela vai fazer sentido para você.