Viver o sacramento do matrimônio todos os dias

Agora temos a missão de ajudar-nos um ao outro a ir para o céu

Hoje celebramos oito anos de matrimônio. São bodas de barro por aqui. Esse lindo e grande desafio foi uma das decisões mais importantes de nossas vidas. Tivemos três filhos, o Miguel, a Maria Clara, e a Maria Teresa, e aprendemos a lidar com nossas diferenças que são gigantescas.

Nos conhecemos em 2009. Eu estava vivendo uma fase feliz, comigo – é quando se enxerga sem a necessidade de um relacionamento – e, dessa vez, permitir que uma pessoa entrasse em minha vida já não era algo ruim. Fizemos uma linda amizade, nos apaixonamos, trocamos cartas, e-mails, orações, nos entendemos, brigamos, namoramos à distância, noivamos, marcamos o casamento, e remarcamos, e quase não casamos. No final, deu certo. Como Deus quis. E te conto isso em outro texto.

Viver ao lado de alguém por tanto tempo é desafiador. Não é fácil ser para o outro, e ninguém me falou que seria. Pelo contrário, quando se está prestes a casar você só ouve sobre divórcios e casamentos que não deram certo.

Então, se eu puder resumir para você, o sacramento do matrimônio é renúncia diária! Amar dói, é sacrifício, paciência, respeito, amor… É por a vocação acima de suas vontades. É ter o equilíbrio do que é essencial, entender e aceitar que nem sempre tudo vai estar na mesma frequência e, não permitir a ausência de nenhum desses elementos.

O acreditar no outro e, mais que isso, no sacramento. Enxergar além da nossa visão limitada. A vida a dois nem sempre é fácil. E passa por diversas fases. Saber entender isso e aguentar essa modulação necessária de altos e baixos é fundamental. Mas essencial, de verdade, é deixar Deus na relação e não somente na celebração religiosa. Casar na igreja é lindo! Divino, na verdade.

Permitir que Deus seja o centro do seu matrimônio é o desafio. Sabe o “seja feita a Vossa vontade”? Então, é aplicar na vida.

Sem Ele não teríamos capacidade de suportar nem o primeiro ano juntos, quanto mais oito. E lembrar, principalmente nos momentos difíceis (porque existem), que lá na igreja, diante de Deus, o padre perguntou: “Abraçando o Matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro.
É por toda a vida que o prometeis?” Se você, ainda hoje, consegue responder essa pergunta, posso afirmar que está no caminho certo.