Pai ‘ajuda’ ou participa?

É fascinante observar a surpresa que surge nas expressões das pessoas diante da simples rotina de um pai — atuante, presente e fazendo nada mais que sua obrigação diária — ao levar o filho numa consulta médica.

É que na semana passada levei o João à pediatra. Ato simples, comum. É claro que nas tantas outras vezes estava, costumeiramente, acompanhado pela Simone.

Os afazeres profissionais não permitiram que ela estivesse conosco desta vez, portanto, estávamos lá, o João, no alto dos seus 9 meses e risonho no colo, eu, uma mochila nas costas e uma mamadeira nas mãos.

Na recepção, ele e eu, formávamos uma dupla diferente das demais: fui percebendo isso aos poucos.

Cuidar, educar e amar nossos filhos é uma missão sagrada, compartilhada e abençoada por Deus. E creio que cada dia seja apenas mais uma oportunidade para reforçar os laços familiares e nos lembrar que ser pai é uma jornada enriquecedora e natural, cheia de responsabilidades e alegrias compartilhadas.

Cuidando do João enquanto a mamãe vai praticar uma atividade física

Aliás, cuidar, trocar fraldas, cortar unha, dar comida e banho, lavar as roupinhas e outras atividades são tarefas cotidianas e naturais na vida de um lar e de quem tem criança, não é mesmo?

Mas, em qual momento da vida que ficou ‘estabelecido’ que somente a mulher deve fazer isso? Não, não! É obrigação, dever e função do pai.

Acredito que, a paternidade, sob a ótica cristã, transcende as simples obrigações diárias, assemelhando-se à dedicação e amor que os pais de Santa Terezinha do Menino Jesus demonstraram e, claro, contribuíram para a sua beatificação.

Aliás, essa integração de papéis reflete mais do que uma dinâmica familiar saudável, mas também a visão cristã da paternidade e, claro, da maternidade, como uma vocação sagrada. Em nossa casa, compartilhamos todas as responsabilidades, reconhecendo a importância de cada um na criação e cuidado dos nossos filhos: cada ato cotidiano é uma oportunidade de imitar o amor e a generosidade dos santos.

Passeio no shopping do pai com a galerinha

Se por aí nem sempre é assim, relaxe. Vez ou outra o pai aqui precisa de ‘estímulos’ para lembrar do seu papel, das suas funções. A gente cresce e aprende a cada dia: o importante é compreender que é preciso amar a cada dia.

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