Neste mês, Miguel, meu primogênito, fará nove anos. Especificamente dia 13 de fevereiro, não por acaso, dia de São Martiniano, monge eremita que vivia como andarilho para que o pecado não o localizasse em endereço fixo. Uma linda história de um grande homem que você precisa conhecer.
Com a chegada do meu “bebê riqueza”, e se você é do início vai se lembrar que era assim que eu o chamava, carinhosamente, desde o seu nascimento; Miguel me fez mãe! E celebro dez anos de maternidade, uma década de muitos erros e acertos, de lágrimas, risos, aprendizado para uma vida inteira, na certeza de que descobrir a gravidez é mais assustador do que a real necessidade de maternar.
Celebro dez anos de maternidade na certeza de que descobrir a gravidez é mais assustador do que a real necessidade de maternar.
Isso porque, nós, pais, maximizamos tudo quando estamos esperando um filho. Compramos coisas desnecessárias, preocupamo-nos demasiadamente com situações fantasiosas que não aconteceram ou acontecerão, e o: E SE… nos deixa de cabelo em pé.
Por experiência, e dá um orgulho danado dizer isso, o primeiro filho chega para pôr ordem onde precisa. Ele nos ensina, todos os dias, a exercermos a maternidade e a paternidade real, leve e tranquila. É só observar os sinais! Com o primeiro testamos situações que os próximos filhos jamais saberão ou enfrentarão. Eles nos trazem a experiência de nascer de novo, como uma pessoa mais generosa, amorosa, atenta, e com um amor que lembraremos para uma vida inteira. Nos próximos filhos, já teremos conhecido esse amor! O amor que transborda.
E olha só, não lembraremos de como era a vida antes deles. Não trocaríamos a experiência de ser pais de nossos filhos para ter a vida que tínhamos antes. Não faz mais sentido viver sem aqueles seres que nos moldaram a sermos melhores!
Ah o amor que transborda…é esse amor que você está pensando e mais um pouco. É inesquecível. Ao nascer o bebê, nós, pais, sentimos o real significado de SER gente e de entrega total para outro ser. Claro que, com o peso da responsabilidade de educar alguém para o céu, nos assustamos com esse amor. Mas respire, é um peso bom! Não tem segredo com o primeiro filho: é amar, alimentar, deixar limpinho e manter vivo!
Não tem segredo com o primeiro filho: é amar, alimentar, deixar limpinho e manter vivo!
É isso que nos assusta, não é mesmo? Mas já te aviso, o medo de falhar vai existir desde o primeiro até o último filho. Posso te garantir que é inevitável e que muitas vezes vamos fracassar. Mas vamos começar de novo, e de novo, e de novo, até acertar.
Nesses dez anos eu tive a oportunidade de viver tudo isso por mais quatro oportunidades. Deus seja louvado por cada nascer de novo em mim, em minha família, e a todos que nos acolhem. Acredite! O primeiro filho nos faz lembrar que podemos sempre ser ainda melhores na próxima vez. E que os erros cometidos lá atrás vão ser a motivação que precisamos para não desistir de amar, cada vez mais, cada filho que recebermos com generosidade de coração.